domingo, 26 de fevereiro de 2012

Um Caminho

Um Caminho

Buscamos um Grupo de Bruxaria por diferentes razões.

- Sentimento de vazio sem razão aparente
- Alteração na saúde no plano físico/espiritual
- Necessidade de equilíbrio material ou espiritual
- A vida seguindo como água parada e precisando de um sentido
- Desacordo com outro segmento e procura por outro caminho
- Crença que resolverão seus problemas com encantamentos mágicos
- Curiosidade
- Imaginação que somos como filmes hollywoodianos
- Procura por interação afetiva
-Seguir uma referência individual,
- entre tantas outras diversas razões.

Assim como nossos conceitos de certo/errado fogem da concepção usual, cada grupo assume suas características próprias conforme suas lideranças, seus membros e a linha de estudo.

Se você tem mais de 18 anos, está em busca do autoconhecimento, tem comprometimento, responsabilidade e capacidade de seguir orientações, esse pode ser um caminho.
Não controlamos a vida pessoal de cada um, assim como cada um é que se escolhe para partilhar os aprendizados.
Aprendizados que muitas vezes são difíceis de serem assimilados pela incapacidade de entender que a mudança parte sempre de nós mesmos e chegamos muitas vezes com idéias pré-concebidas e dificuldades de mudanças de paradigmas, o que é sempre quebrado na medida que avançamos.
Encarar desafios do tipo: Como se comportar quando encontrar um desafeto no grupo, como agir para harmonizar o que eu desejo do grupo com aquilo que o grupo espera de mim, como deve ser o caminho? Do meu jeito ou do jeito coletivo?
Grupos de workshops esotéricos, rituais com plantas de poder e grupos de relacionamentos pululam em qualquer lugar e é muito fácil encontrar.
Disponibilizei-me para liderar nesse trabalho por acreditar que só aprendemos verdadeiramente quando estudamos para ensinar e ensinamos para aprender.
Acredito no bom senso de cada um, porém existe a necessidade de seguir instruções/orientações, senão não haveria sentido na formação de um grupo.

Abraços fraternos
Simone Raven

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Entre o Eu e o Ego

Entre o Eu e o Ego

Inimigo de nós mesmos... Por Lontra Voadora


Eu gostaria de me sentir sempre feliz! E quem não gostaria? Gostaria de sentir dentro de mim aquele sentimento de plenitude que experimento quando me sinto imensamente grata por aquilo que estou recebendo. Quando recebo amor, carinho, conforto, quando tenho paz em meu coração! É assim que gostaria de me sentir, sempre. No entanto, a vida é cheia de paradoxos, e nós sabemos que não podemos estar sempre cem por cento felizes, pois no dia-a-dia muitas vezes choramos de tristeza, sentimos dor pela falta de amor, pela falta de alimento e de conforto.


Nossa existência nos leva a experimentar a tristeza para que possamos reconhecer a felicidade. Sim, creio que precisamos do preto para reconhecer o branco, precisamos da fome para reconhecer a saciedade, precisamos da carência afetiva para reconhecer a felicidade de amar. Mas somos gratos por aquilo que recebemos? Bem, essa é outra historia! Normalmente nos esquecemos de agradecer por aquilo de bom que recebemos, mas nos queixamos, sim, nos
queixamos muito por aquilo que não temos. De manhã, quando abrimos os olhos, nos lembramos de agradecer pela vida? Normalmente o Eu interior agradece, mas o Ego não. Sabem o por quê? O Ego é o outro eu, ou seja, é um eu imaginário, criado à imagem e semelhança dos outros!

O Ego se espelha nos outros, pois é criado em nós pelo ambiente, pela sociedade em que vivemos, pela mãe e pelos parentes que nos rodearam quando crianças. É através dessas pessoas que construímos o Ego. São eles, aqueles que nos rodeiam, que permeiam nossa mente de modelos para nos servirem de espelho. O Ego nos é útil, faz parte de nossa personalidade e não podemos prescindir dele, pois vivemos numa sociedade e precisamos estar inseridos nela, nos espelhando e nos adequando a ela. Por exemplo, vamos trabalhar de manhã e nos vestimos de acordo com as regras desta sociedade. Se vivemos no Brasil ou noutro país ocidental, estaremos vestindo um terno (os homens) uma roupa discreta e elegante (as mulheres) e nos sentiremos assim inseridos no contexto. Se vivemos num país oriental, estaremos nos vestindo de outra forma, nos comportando de outra forma, de acordo com outras regras, não é mesmo? Não são somente as regras de vestir, mas todo nosso comportamento é moldado e resulta no nosso Ego. Assim, pouco a pouco, ao crescermos, construímos em nós uma identidade, como se fosse um outro Eu. E acabamos acreditando ser esse nosso verdadeiro Eu! Mas o Eu interior, aquele que é alimentado pela centelha divina dentro de nós, este é diferente, único, não precisa de espelho, não precisa de regras. O Eu está sempre feliz!


Por essa razão, podemos fazer essa constatação: o Eu não sofre, quem sofre é o Ego. Vamos fazer um exercício: quando experimentarmos algo ruim, uma dor, por exemplo, vamos nos perguntar: é o Eu que está sofrendo ou é o ego? Creio que o Eu sofre ao ver outro ser humano sofrer e então sente aquela dor como sua e corre para aliviar o sofrimento alheio. A isso chamamos de solidariedade. O Ego, por sua vez, sofre porque vê outro ser humano ‘ter’ algo que ele não tem. O Ego sofre mais que o Eu e se aprendermos a reconhecer essa dor, esse sofrimento, se aprendermos a fazer essa diferença então viveremos mais serenos.
Muitas pessoas vivem sua vida somente movidas pelo Ego, podem desenvolver de maneira rudimentar o Eu somente para se tornar ‘chefes de manada’, melhores dentro de sua espécie, mas dificilmente desenvolvem a Consciência do Eu Interior.Quem busca o Conhecimento está desenvolvendo o Eu Interior, portanto está em busca da Identidade amadurecida. Assim, quando queremos ‘parar de sofrer’ devemos fazer a diferença entre o sofrimento do Ego e o sofrimento do Eu. Reconhecer essa diferença nos fará viver melhor, creiam-me! O Ego é um presente, pois pode tomar todo o sofrimento para si e deixar que nosso espírito use essa experiência para o crescimento! Saber reconhecer a diferença de qual das identidades está a sofrer nos possibilita viver em Paz, aceitar o sofrimento como experiência necessária para o crescimento, nos torna mais serenos, alivia imediatamente a dor. No momento em que reconhecermos essa diferença a Luz interior estará nos ajudando e aliviará nosso sofrimento.

O Bruxo e o Poder

O Bruxo e o Poder -Por Corujão

As pessoas quando ouvem que você é um Bruxo, elas pensam e deduzem que você é um ser supremo com todas as receitas, poções, magias e feitiços do mundo na sua cabeça, livro ou varinha de condão. Acho engraçado como as pessoas olham você com interesse quando você diz seguir uma determinada religião e outras com cara de espanto e pensando com qual diabo você fez um pacto.

Ser seguidor de uma religião não convencional está sendo de grande procura por todos que buscam "algo" para a sua vida. Todos ficam
sintonizados, lendo revistinhas de "Wichcraft", Seriados, ou buscando sacerdotes e/ou sacerdotisas que lhe ensinem um caminho a seguir, com suas receitas de bolos para solucionar todos os problemas da sua vida.
Vou ser sincero, se você busca uma solução para todos os seus problemas e um atalho para a felicidade, esse caminho provavelmente não é o da Bruxaria Tradicional. Não ensinamos os atalhos para o qual cada um deve seguir, nem mostramos seus animais guardiões para seres expostos como bichinhos de estimação e nem saímos em praça pública com atames e "parafernalha" pendurada pelo pescoço para dizer que somos diferentes e possuímos poder.
O caminho de um Bruxo é o de se auto-descobrir todos os dias, buscar na reflexão qual o sentido de sua jornada, lutar e enfrentar diariamente o seu maior inimigo, que é a si mesmo. O poder do Bruxo está no intuito de suas ações, buscando no caminho todo o conhecimento e sabedoria para sentar-se com os semelhantes na fogueira e compartilhar o conhecimento da batalha travada. Não buscamos títulos e reconhecimento da sociedade para nos verem como superiores, buscamos apenas o respeito de nossos semelhantes para seguirmos nosso caminho em paz e em Awen.

Para quem pretende seguir um caminho de conhecimento, sabedoria e êxtase, tem que aprender a dar valor a sua conduta. Aprender a ter humildade para reconhecer sua ignorância perante os acontecimentos, lealdade para com os amigos e honestidade consigo mesmo. Reconhecer suas fraquezas e medos, mas não deixar que ele os domine, mas buscar neles as forças necessária para ter coragem e força para seguir com a proteção dos Deuses.
Saber quem você é, qual a sua origem e valorizar seu sangue (ancestrais) é fundamental para entender como você age e se relaciona com o mundo. Vejo muitos dizendo que são bruxos e mau conseguem conversar com a sua mãe, acreditam que ser rebeldes com roupas pretas os diferenciam e dá poder para agirem da forma que desejam sem responsabilidade alguma, fazendo "feiticinhos" e unguentos que resolvam seus problemas amorosos, financeiros e familiares. Vou contar um segredinho, você é responsável por suas ações, suas derrotas e vitórias, só assim haverá crescimento, maturidade e aprendizado.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

O Poder Pessoal e a Liderança na BT

Poder Pessoal

Quando falamos sobre poder imediatamente nos vem à cabeça o poder contextual - aquele poder relacionado ao papel social do indivíduo. Sentimos o impacto desse poder quando estamos à mercê de um regime opressor, pais controladores, ensino ditatorial, entre outros. No sentido geral o poder está vinculado à capacidade de manipular ou influenciar o outro; embora esta ação está diretamente relacionada à submissão do oprimido. Por exemplo, o poder financeiro e afetivo.
Porém o verdadeiro poder independe de manipulação, dinheiro que é o poder pessoal. Individual e intransferível, inerente de cada ser. Dele compõe a força interior, seus talentos, autoconhecimento, autodomínio, auto-estima, assumir responsabilidades nas escolhas, autenticidade, respeito, tenha objetivos e metas, capacidade de mudar, equilíbrio emocional e sua autonomia, sua habilidade ao conduzir sua vida.
Muitas vezes nos perdemos na nossa incapacidade de assumir as rédeas de nossa própria vida.
Nos perguntamos muitas vezes. Como pessoas frágeis persistem e atingem seus objetivos com muitas dificuldades e outras com tudo as mãos chegam a nada... É preciso exercitar seus talentos, vencer limites, superação... Nesse quesito também compõe o autoconhecimento e autodomínio, pois sem conhecermos a nós mesmos e sem termos controle de nossas próprias emoções jamais desenvolveremos nosso poder pessoal. Também faz parte reconhecer e aceitar nossas fraquezas e imperfeições. Nos responsabilizar pelas nossas escolhas e não passar a responsabilidade como falha do outro. É vivenciar suas escolhas sem esperar aprovação de terceiros nem se incomodar com as reprovações ou críticas. Enfim, vivenciar a própria vida independente de opinião alheia. Jamais se colocar como vítima. Aconteceu assim e pronto! É o assumir as próprias responsabilidades sem jogar para cima dos outros. Ser respeitoso consigo mesmo e autêntico. O amor e o respeitoso são conquistados ao partir de nós mesmos, com nosso amor próprio e zelo.
Abolir a palavra “medo”; medo da carência afetiva, medo da falta do dinheiro, medo do fracasso como da violência.
Quando traçamos objetivos e metas também traçamos caminhos para alcançá-los mesmo que isso envolva muitas vezes mudanças no nosso modo de pensar e agir, pois quase sempre a mudança ao nosso redor acontece a partir das nossas mudanças internas.
Quando nos trabalhamos internamente é manifestado no exterior o resultado desse aprimoramento.
“Um homem poderoso é aquele que consegue aplicar atos de poder com maestria”.
Somos poderosos quando conseguimos vencer nossos limites, conviver com nossas imperfeições, assumir nossos erros, continuar nos amando mesmo com alguns fracassos, nos respeitando, buscando sempre o conhecimento e a autenticidade. Assim, desenvolvemos nossa força interior e atingimos nossas metas fazendo com que nosso poder pessoal se manifeste.

Liderança

Anos atrás numa dinâmica sobre liderança fomos convidados para uma brincadeira onde em dado momento deveríamos nos comportar como líderes. TODOS, inclusive eu assumimos posição de mando e chefia.
Liderança pode ser exercida numa função de mando e chefia, porém o significado é muito mais abrangente e desvinculado de autoritarismo.
Podemos dizer que liderança é a arte de motivar os outros para que aspirem ações compartilhadas com objetivos comuns.
Um líder precisa desenvolver características como autocontrole, sociabilidade, flexibilidade, estabilidade emocional, conhecimentos sobre os objetivos almejados e os participantes do grupo.
É preciso sempre obter apoio e não ordenar, sugerir e não intimidar, resistir às frustrações e sempre buscar a realização.
Para que a liderança seja bem sucedida é preciso entusiasmo, auto estima e idéias entre os liderados.
É como um Mestre que deve se comportar “com humildade, dedicação e entender que é apenas um guia” orientando e muitas vezes também tendo que chamar à realidade aqueles que se iludem pelo caminho, porém buscando sempre equilíbrio e compreensão.
O líder deve se doar, ser amigo, ter responsabilidade, tolerância, cuidar (mesmo que isso implique em chamar à razão e ser mal compreendido), em razão disso ter bem desenvolvido dentro de si seu poder pessoal.
Identificar e valorizar cada elemento independente da conta bancária ou de um rosto bonito.