quinta-feira, 6 de outubro de 2011

4 de outubro

Dia 4 de outubro, passando pela Cinelândia parei para assinar um documento que um grupo de ativistas da causa pró-animal encaminhariam posteriormente para políticos cobrando atitudes de proteção aos nossos irmãos animais.
Um policial sorria um risinho debochado, algumas pessoas passavam indiferentes, outras como eu paravam e assinavam, se solidarizando com a causa, outras se juntavam a manifestação.
Não me considero uma protetora, pois ao ver pessoas abnegadas e tão dedicadas, meu cuidado e dedicação se tornam pequenos, quase insignificantes, porém olhando de outro ângulo é melhor fazer pouco do que nada fazer, pois esse pouco pode significar vida ou morte para alguém naquele momento.
Neste mês que se comemora a Ecologia e a Proteção Animal, também há seu lado sombrio, com loucos fanáticos e ignorantes que associam à bruxaria o sacrifício de animais em rituais.
Engano e ignorância mesmo... Eu me identifiquei com a bruxaria principalmente pelo elo e valorização com a vida animal e vegetal.
Não consigo imaginar meu trabalho com animais e comendo meus pacientes, ou numa jornada ser auxiliada por um guardião, se me alimento de um ser que está comigo nesse e noutros mundos.
Já socorri animais mutilados por humanos que desconhecem essa parceria e ignoram como esses seres são amigos e irmãos de caminhada.
Não entendo como se busca benefícios pessoais de um modo egoísta destruindo os parceiros que poderiam mostrar os caminhos para chegar a esses objetivos com mais luz e merecimento.
Muitos deles já são criados para alimentação entre outras destinações de seus corpos, peles, penas, então que sejam tratados com o respeito e consideração que são merecedores.
Principalmente os gatos, tão estigmatizados pela "religiosidade" dominante e tão generosos com a humanidade.
O universo é justo, a Europa pagou o preço da sua ignorância com a peste negra, após o massacre dos felinos e suas associações nefastas.
A lição ainda não foi aprendida, sequer assimilada.
Que novos tempos e novos ares iluminem as mentes na evolução desses humanos que ainda não compreenderam esses seres de luz que compartilham nosso mundo.

domingo, 18 de setembro de 2011

MUKA

Muka: o poder dos yuxin e do xamã
O poder dos yuxin, que se revela por sua capacidade de transformação, é chamado muka. Muka é uma qualidade xamânica, às vezes concretizada como substância. O ser com muka tem o poder espiritual de matar e curar sem usar força física ou veneno (remédio: dau). O ser humano pode receber muka dos yuxin, o que lhe abre o caminho para se tornar xamã, pajé, mukaya. Mukaya significa homem com muka, ou na tradução de Deshayes “pris par l’amer” (‘pego pelo amargo’). O xamã tem um papel ativo no processo de acumulação de poder e conhecimento espiritual, mas sua iniciação acontecerá somente a partir da iniciativa dos yuxin. Se os yuxin não o escolhem, não o pegam, pouco adiantam seus passeios solitários na mata. Uma vez pego porém, o aprendiz torna-se doente nos olhos dos humanos (“ficam doidos quando chega mulher perto”). O ponto fraco do yuxin é o corpo, o do homem é seu yuxin; a “yuxindade” ameaça o corpo do homem, e o corpo, o sangue (feminino) ameaça a cabeça dos yuxin.
Se o homem que foi pego quiser seguir o caminho de mukaya, ele se submete a jejuns prolongados e severos (sama) e procura outro mukaya para instruí-lo.
Outra característica do xamanismo kaxinawá, expressa pelo nome mukaya, está na oposição entre o amargo (muka) e o doce (bata). Os kaxinawá distinguem dois tipos de remédio (dau): os remédios doces (dau bata) são folhas da mata, certas secreções e animais e os adornos corporais; os remédios amargos (dau muka) são os poderes invisíveis dos espíritos e do mukaya.
A especialidade de huni dauya (homem com remédio doce, ervatário) normalmente não se combina com a de huni mukaya (xamã). O processo de aprendizagem do ervatário é bem diferente do xamã. Se não lidar com folhas venenosas o ervatário não é sujeito a jejuns e pode desenvolver suas atividades normais de caça e vida conjugal. Ele adquire seu conhecimento através da aprendizagem com o outro especialista e precisa de uma memória e percepção agudas.
O primeiro sinal de que alguém possui a potência para ser um xamã, uma desenvolvida relação com o mundo dos yuxin, é o fracasso na caça. O xamã desenvolve uma familiaridade tão grande com o universo animal (ou com os yuxin dos animais), conseguindo estabelecer diálogo com eles, que não consegue mais matá-los:
“e anda no mato, bicho está falando comigo, disse. Quando vê o veado, aí chama ‘hei meu cunhado’, disse, aí ficava parado. Quando vem porco, ‘ah’, chamava, ‘ah, meu tio’, aí fica. Aí em nossa palavra disse ‘em txai huaí!’(‘Hei, cunhado!’), aí não come”.
Sendo assim, o xamã não come carne, e não somente por motivos emocionais. A impossibilidade de comer carne também está ligada ao muka, à mudança no olfato e no paladar da pessoa com muka amadurecido no seu coração. O gosto e o cheiro da carne tornam-se amargos.
Elsje Maria Lagrou
Antropóloga, professora da UFRJ

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Desapegar

Desapegar
Como é difícil desapegar... Aprendizado doído e muito sofrido.
Das coisas materiais, simbolismo e representatividade de nosso perfil no mundo, às pessoas/seres que tem uma história partilhada conosco.
Do filho que alça seus vôos para novos horizontes ao amigo que faz novos amigos e muitas vezes nesse novo agregar não nos cabe participar.
O mais fácil é deixar o ser amado livre para ir e vir ao sabor do vento. Ciúmes para que, se somos donos de nada e seres livres para experimentar cores e sabores...
De todos, o mais difícil é aceitar o tempo que cada um de nós tem para passar nesse mundo e se conformar com as partidas.
Uma vez alguém disse que essas partidas são como um navio que sai do porto e some no horizonte, ele não deixou de existir, em algum lugar estará lá, embora não o possamos ver, até o dia de regressar ao porto e quando todos nos encontraremos novamente.
Transpomos caminhos solitários e seguimos pelos mundos, porém fazemos parte desse mundo e podemos ser envolvidos pelas armadilhas do medo, solidão, tristeza, sentimentos que podem nos questionar sobre o que buscamos e quem somos.
Então entra o aprendizado do desapegar... Quem desapega não tem medo, medo de perder o que não se tem? Quem desapega não tem solidão, solidão de que, se já temos a amplitude?
Não há espaço nem lugar para tristeza para quem se desapegou...
Por isso a dificuldade do aprender, como é difícil e sofrido como uma borboleta que na luta para romper o casulo se fortalece e alça seu vôo.
Aprender e entender quando se deve lutar, enfrentar tudo que estiver pela frente e quando se deve deixar partir, libertar...
Que eu consiga romper meu casulo e voar com as borboletas nessa primavera.
Que Bel venha ao meu encontro aquecendo minha alma.
Corvius

sábado, 23 de julho de 2011

Palavras de um Xamã

Palavras de um xamã

“Na minha tradição, a gente costuma dizer que a tristeza é a perda do poder pessoal. Esse poder é interno, é o poder do ser, da alma. Infelizmente, o homem passou a acreditar que tudo que ele precisa só pode ser encontrado no outro ou no mundo externo. É como se a afirmação da vida dependesse única e exclusivamente da atenção do outro, de uma situação política, histórica ou de um bom posicionamento social e profissional. Ele está totalmente voltado para fora, buscando de uma forma insana a sua felicidade. É preciso inverter esse movimento, retornando à imensa força que está esquecida dentro de nós. A causa verdadeira das grandes tristezas está na alma, no ser interno. E onde que esse ser interno encontra vida, beleza e força? Ele basicamente necessita perceber que ele próprio é muito maior que o seu momento, ele é parte de um grande complexo chamado vida e esse grande complexo se nutre de coisas essenciais e simples como uma respiração saudável, um nascer e um pôr-do-sol, uma noite enluarada, estrelada, essa imensidão que se encontra dentro de nós. E esse alimento leva para o homem ingredientes que vão determinar uma maior ou menor qualidade dos seus pensamentos, emoções e ações. Temos que ser responsáveis por tudo isso. A meta de todo ser humano deveria ser a conquista de um pensamento lúcido, emoções equilibradas e uma ação justa: esse é um homem feliz. Esse é o princípio da espiritualidade, o seu eixo. E com esse eixo você combate a tristeza e as dificuldades com tranqüilidade e vai superá-las, transformando a si próprio. Na verdade, o poder de cura está dentro de cada um. Nós somos, ao mesmo tempo, o veneno e o antídoto. Nós, pajés, não somos a cura. Somos um veículo capacitado para restituir ao doente a sua própria força de cura.” Kaká Werá
“A grande doença da atualidade é a doença da alma. O ser humano esqueceu da sua alma, está adormecido e conseqüentemente se fechou para as forças da natureza, porque alma e natureza caminham estritamente juntas, são mãe e filha. Todo o desequilíbrio que nós temos hoje manifestado está nesse eixo, e é por isso que a grande questão do século XXI é a questão ecológica-espiritual. Uma não pode ser trabalhada sem a outra.
Uma doença é uma poluição interna, uma poluição do seu ar. Logo, do seu pensamento; Ou uma poluição das suas águas. Logo, de suas emoções. Ou uma poluição do seu fogo, que é a sua vontade interna, seu eu. E finalmente, é uma poluição da sua terra, que é seu corpo físico.
É nesse sentido que a questão da cultura indígena surge nestes tempos para ser percebida de uma outra maneira, inédita, com toda a força da base espiritual que ela pode fornecer, para que finalmente possamos fundar uma nação. (...) Uma nação se funda a partir de raízes, e as nossas mais profundas raízes passam por essa rica tradição espiritual do povo indígena.” Pajé Kaká Werá

terça-feira, 19 de julho de 2011

Faixas e Pulseiras

Faixas
Na tradição Huni Kuin ou Yawanawa são usadas faixas na cabeça tecidas em tear com fios de algodão ou fios com miçangas com desenhos tribais denominados de kenê.
Os Kenês nas faixas de cabeça, pulseiras e peitoral representam vários animais. Tem a Jibóia, a Patinha da Onça, o Jacaré, o Olho do Periquito...
Os Kenês também são usados na pintura corporal onde tem representações diversas e desenhos usados para pintura corporal masculina, feminina e em crianças.
As cores também variam. Tradicionalmente os Huni Kuin priorizam o preto e branco, mas podem estar representados pelas cores verde, vermelho, azul, laranja...
Eu tenho uma tecida em marrom e branco, com miçangas brilhantes, presente do meu txai (muito amigo) Shanehu Yawanawa que representa a Jibóia do seco, como também uma de cada cor, dependendo do que estamos precisando, buscamos na cor e no animal representado seus atributos de visão, cura, ensinamento, proteção, inspiração...
A cobra tem vinte e cinco malhas, mas cada uma dá em vários outros desenhos. “No fim das contas, todos os desenhos pertencem à mesma pele da jibóia.” (Agostinho Kaxinawa)
Edivaldo, jovem liderança, expressou-se em termos similares: "O desenho da cobra contém o mundo. Cada mancha na sua pele pode se abrir e mostrar a porta para novas formas. Há vinte e cinco manchas na pele de Yube (jibóia) que são os vinte e cinco desenhos que existem."
A tecelagem é uma arte muito valorizada tanto nas túnicas quanto nas redes.

Os animais da floresta

Os animais da floresta
Os bichos da mata são nossos amigos e também a nossa sobrevivência, o que nos dá força para o trabalho. Tem bicho de todas as cores: amarelo, vermelho, azul, verde, etc. Tem bichos que avisam como o cujubim, que canta às 5 horas da manhã, batendo sua asa, chamando o sol para nascer.
Os bichos da mata, nós contamos assim: os bichos de pena, ou os que voam, os da terra ou os debaixo da mata, os bichos de debaixo da terra, os bichos d’água.
Entre os bichos da terra ou debaixo da mata estão a anta, veado, porquinho, cutia, cutiara, tatu, paca, paca de rabo, cobras, jabuti, sapo e os bichos de cima da mata estão o macaco prego, macaco preto, macaco soque, macaco suim, macaco de cheiro, mambira, capelão, quati, cairara, quatipuru, quatipuru roxo, irara e muitos outros. Esses bichos costumam plantar muitas frutas da floresta com a ajuda daqueles que vivem embaixo.
Quando a fruta está madura, os macacos começam a comer a carne da fruta e soltam os caroços de lá de cima. Quando os caroços caem, os animais que vivem embaixo como o nambu galinha, nambu azul, nambu preto, engolem os caroços das frutas, enchem o papo e saem caminhando para bem longe. Depois de 10 minutos de caminhada, começam a cagar os caroços das frutas. Isso acontece porque não tem resistência na moela para moer o caroço, que sai inteiro.
Os bichos que voam são: japinim, pavão, pato bravo, pica pau, gavião, aracura, mergulhão, mutum, cujubim, periquito, periquito cabeção, nambu, urubu, juriti, cigana, coró-coró, bacural, coruja, mãe da lua, caboré...
Já os bichos d’água são: bodó tronqueira, bodó preto, mandim, curimatã, piau, piaba, sardinha, cará, arraia, jacaré, puraqué, jundiá, surubim, peixe linha, braço de moça, traíra...
Hoje em dia, a gente vê o homem derrubando a mata para a criação de gado. A mata vai ficando sem bichos. Já tem muitos animais em extinção como: onça, gato do mato, paca de rabo, jabuti, mutum, queixada, preguiça, quandú. Já são muitos. A gente não imagina a vida sem a mata, a mata sem os bichos. Deve ser triste demais. Sem a mata não haverá nem os animais, nem o vento, nem o homem, nem nada.
Para nós a floresta é vida.
José Mateus Itsairu Kaxinawá
(adaptado de Geografia Indígena. CPI/AC,1992)

Tecelagem com algodão

Tecelagem com algodão
“Contam os antigos que a aranha é a dona do algodão. Antigamente era a aranha quem tecia as roupas dos Kaxinawá. Certo dia uma mulher reclamou com a aranha pela demora do seu trabalho.
A aranha ficou aborrecida com a impaciência da mulher e resolveu daquele dia em diante, não trabalhar mais para as mulheres Kaxinawá.
No entanto, antes de ir embora, ela ensinou a todas as mulheres a fiar e tecer com algodão. É por isso que todas as mulheres Kaxinawá sabem fiar algodão.
Agostinho Mateus Muru Kaxinawá

A Arte do Kene

O que é o Kene (pronuncia-se kenê) e sua origem

Esses desenhos geométricos ou kene, segundo um dos mitos Huni Kuin, vieram do Yube, a jibóia encantada.
“Yube é o dono desses desenhos e foi ele quem os deu para meu povo. É nossa identidade, força e proteção”.
Assim explica Agostinho Muru, pesquisador Kaxinawá do Rio Jordão.
Na expressão gráfica de domínio exclusivo do universo feminino, Agostinho Muru identificou vinte e quatro kene no corpo da jibóia e os classifica como desenhos básicos. Ele explica:
“Nesses desenhos estão representados vários elementos da natureza. Eu comparo esses kene com as letras do ABC dos brancos, que servem para formar as palavras. Na ciência do kene é a mesma coisa. As mulheres vão combinando esses kene básicos entre si dando origem a outro kene. Cada um deles tem um nome, assim como as letras do ABC dos brancos”.
Agostinho Muru traduz o kene como um “espírito visível” dos trabalhos das mulheres e consideram como “espírito invisível” todos os outros elementos com os quais as mestras se relacionam para trabalhar o kene.
“Nós acreditamos que tudo que tem na natureza tem espírito. Na nossa língua chamamos de yuxim. Quando uma mulher trabalha com o kene, ela trabalha vários yuxim da natureza... Da água, do fogo para tingir o algodão, da palha para tecer, do barro para fazer os utensílios. O kene é o espírito visível de todas as forças da natureza. E nós podemos conversar e trabalhar com outros yuxim porque também temos yuxim. Ele está no olho, por isso podemos ver.”.
A concepção da espiritualidade apresentada por Agostinho não está no plano sobrenatural. Ela se encontra na natureza. Yuxim como os Huni Kuin denominam o espírito ou a essência das coisas, está nas plantas, na água, do fogo, nos animais, enfim, em todos os seres vivos, elementos e fenômenos da natureza.
Em tempo: Yube: Conta um mito Kaxinawá que Yube foi um Huni Kuin que se transformou em cobra jibóia durante um grande dilúvio.
Do Livro: A arte do Kene – A arte dos Huni Kuin

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Algumas tradições indígenas

Um amigo lendo meu blog me sugeriu que abordasse a temática indígena brasileira que tanto me apaixona.
Tenho mais aproximação com as comunidades do Norte do Brasil, embora já conheça um pouco de comunidades do Nordeste e aqui do RJ.
Nos próximos textos escreverei um pouco sobre lendas, costumes, medicinas e o que lembrar desses nosso irmãos tão pouco conhecidos da maioria dos brasileiros.
Me aguardem...

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Bênção de Brighd

A benção de Brighid




(Traduzido de Carmina Gadelica pg264)

Cada dia e cada noite
Eu recito a descida de Brighid

Não serei chacinado
Não serei atingido por nenhuma espada
Não serei colocado numa cela
Não serei cortado
Não serei aprisionado
Não estarei angustiado
Não serei ferido
Não serei despedaçado
Não serei cegado
Não serei despido
Não serei deixado nu
Nem irá Dagda
Deixar-me esquecido.

Nem fogo me queimará
Nem o sol me queimará
Nem a lua me empalidecerá

Nem a agua me afogará
Nem as cheias me afogarão
Nem o mar me afogará

Nem nenhuma fada me levantará
nem nenhuma exército me levantará
Nem nenhuma criatura terrena me destruirá

Eu estou sob o escudo
De Brighid, a bondosa, a cada dia
Eu estou sob o escudo
De Brighid, a bondosa, a cada noite.

Eu estou aos cuidados
Da filha de Dagda
Cada cedo e cada tarde,
Cada escuro, cada claro.

Brighid é minha camarada
Brighid é a minha criadora de canções
Brighid é a minha ajudante
A minha escolha, a minha guia.

http://fidnemedlusi tania.blogspot. com/2007/ 09/benso- de-brighit. html

Animal: simbolismo na mitologia celta

Animal simbolismo na mitologia celta

Universidade de Michigan

Animais em galês, mitologia celta e estão vinculados com a fertilidade e vitalidade, porque eles estão vivos, em movimento, e em crescimento. Oferecem também continuidade de vitalidade e vida para as tribos através da sua carne, peles e espinhas. Além disso, eles são uma ligação para o domínio dos deuses e dos espíritos. Esta ligação é visto através da sua utilização na caça, a busca de segredos e sabedoria.
Animais têm associações específicas em função das características do tipo de animal. Aves, peixes, serpentes, veados, bovinos, suínos, e assim por diante todos tendem a ser utilizados como símbolos. Javalis, peixes, serpentes, aves, gado e os animais são os mais frequentemente descritos.
Além de representar fertilidade e riqueza, javalis simbolizam coragem e fortes guerreiros (MacCulloch, 356) para que sejam fortes, perigosa, e muito difícil de matar. A sua aparição em sonhos e visões também indica guerreiros. Isolda no aviso da morte de Tristan, um grande guerreiro, veio em um sonho sobre a morte de um grande javali (Spector, 85-86).Estátuas de javalis são encontrados ocasionalmente na companhia de estátuas de guerreiros armados, (Powell, 176) indicando uma maior associação entre javalis e guerreiros. É atribuída uma grande importância para as cerdas de javali. Talvez eles são a característica distintiva do animal ou simbolizar a sua força. Por exemplo, Fion é morto por um javali a intensificação da ofender após quebrar um geasa contra a caça javalis (MacCulloch, 150). Alguns dos javalis extraordinária, que Rei Arthur lutas em Culhwch e Olwen, têm cerdas que são ouro e prata. Conversley, quando Menw tenta roubar tesouros de Twrch Trwyth, ele só é capaz de ter uma cerdas. É o cerdas do javali, Friuch, para provar que têm o maior poder, no final, Friuch renasce como Donn Cuilnge destrói Rucht como Finnebach Ai. As cerdas de javali são mencionadas muitas outras vezes o que implica que eles são uma parte importante do animal.
O salmão, em particular, estão associados com conhecimento. A criança que cresceu a ser chamado Taliesin, o sábio mago, foi encontrado um peixe no açude.O significado do salmão pode ser visto em muitos lugares. Gwyrhr questionou uma série de sábios animais, cada um mais sábio que o anterior, a mais antiga ea mais sensata de todos foi o salmão de Llyn Llyw (Ford, 148-149). Cú Chulainn utilizado o herói do salmão em todo o salto dos alunos para obter Scáthach Ponte da fortaleza, a fim de obter acesso a Scáthach's conhecimentos avançados de armas. Para conquistar os segredos Cú Chulainn tinha que usar o herói do salmão salto para Scáthach própria, a fim de ganhar os segredos reservado para sua família. Cada um salto na terra de magia trouxe Cú Chulainn a um maior conhecimento. A sua sabedoria também pode ser transmitida por ingestão. O salmão ganhar o poder mágico de sabedoria por consumir nozes que gota em sagrado molas (MacCulloch, 377). Simbolicamente a comer o salmão da sabedoria, tal Demne ganhou enorme sabedoria que ele foi renomeado (Ford, 20). Talvez este está na raiz da prática moderna onde as crianças são aconselhados a ingerirem peixes para aumentar a sua inteligência.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

suco básico

Para esses tempos de cortar proteina animal, elevar imunidade, entre outros benefícios é ótimo tomar pela manhã um copo dágua + fatia de mamão/maçã batidos no liquidificador com um pedaço de inhame (se for pequeno pode ser um inteiro).
Adoçar a gosto ou não...
Substituir as frutas para variar e não enjoar, mantendo o inhame e a água.
Para acompanhar refeição ou lanche bater um pedaço de inhame, meio limão e um copo dágua. Fica maravilhoso!
O inhame não altera o sabor e é ótimo para substituir o leite para quem tem dificuldade com o gosto do leite de soja.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Sopa à moda da mata

Essa é uma sopa que aprendi no Acre e está adaptada ao nosso meio urbano. Ideal para períodos onde precisamos de alimentação muito leve e que dá sustento.

Bater no liquidificador aipim descascado e picado com água e espremer. Colocar mais água e espremer novamente. Proceder assim umas tres vezes. Um quilo de aipim dá uns tres litros de sopa.
Levar ao fogo e cozinhar bastante. Salgar muito levemente e pode acrescentar um pouco de molho de tomate para dar uma corzinha. Se ficar grosso, acrescentar água, ela deve ser tomada de caneca.
O bagaço serve como adubo ou se alguém fizer pão pode aproveitar a fibra.

Eu tomei esse caldo com o aipim ralado e sem sal acrescido de amendoim torrado e pilado. Até achei gostoso.

Cachorro quente de soja

Faça um refogado com uma cebola grande picadinha, se gostar pode acrescentar pimentão picado, sal a gosto, alho esmagado e frito e uma lata de molho de tomate. Adicionar 1/3 de copo de água e uma lata de salsichas superbom fatiadas fininho.
Ferver e está pronto!
Fica ótimo no lanche e também se quiser cozinhar alguma massa e incorporar, aí vira uma refeição...

terça-feira, 3 de maio de 2011

Mais uma que ninguem adivinha que é feito de soja...

Quibe de Soja
250 gr. de soja escura
250 gr. de farinha para quibe
hortelã
2 cebolas grandes
3 colheres de farinha de trigo
sal
3 colheres vinagre
3 colheres shoyu
pimenta branca a gosto e opcional
Modo de fazer
Colocar a soja (água fervendo) e a farinha de quibe de molho em água quente e depois espremer.
Misturar todos os ingredientes, deixar descansar na geladeira por uma hora, depois untar levemente uma assadeira, colocar a massa, salpicar de leve com óleo e levar ao forno cobrindo com papel alumínio nos primeiros 20 minutos, depois descobrir e completar o cozimento. Depende do forno, altura da assadeira, por isso depois de 40 min. vai olhando para não queimar, principalmente se o forno estiver alto.
Também pode congelar.

Mais uma comidinha...

Almôndega ou croquete de soja
Ingredientes
250 gramas de soja triturada escura
10 colheres de farinha de trigo + ou - verificar a textura na hora de fazer as bolinhas
1 cebola grande bem picadinha
5 dentes de alho bem triturados
3 colheres de shoyu
3colheres de vinagre
sal a gosto
pimenta da sua preferência (eu gosto da calabresa ou da branca)
Modo de preparar
Escaldar a soja com um litro dágua num escorregor de macarrão e depois que amornar espremer, acrescentar a farinha de trigo, o alho, a cebola, a pimenta e o sal (se for congelar, colocar pouco sal)
Faça bolinhas pequenas ou maiores e achatar, fritar em óleo quente, escorrer no papel absorvente.
Na primeira vez, frite uma e prove antes de fritar o restante da preparação. Se precisar, dá para alterar, inclusive o tamanho das bolinhas para não ficar cru no centro.
Sugestões de variações:
É bom variar sempre...
Acompanha bem com bebidinhas, as achatadas pode rechear um sanduiche acrescentando alface e tomate, se for pão árabe, juntar ao tabule, hummm...
As fritas em bolinhas é só acrescentar molho de tomate e acompanha bem massas ou arroz com salada.
Pode congelar e fica ótimo no forno ou microondas.

Comidas vegetarianas

Como um bom corvo, eu como de tudo, só optei por ser vegetariana para parar de comer parentes :)
A saúde ficou muuuito melhor e para aqueles que tem dificuldades irei postar umas receitinhas fáceis, práticas que ajudam de modo prazeroso uma dieta vegetariana.
Strogonofe
1 lata de bife de soja superbom (partir em pedaços pequenos, quadradinhos de + ou - 1 cm)
1 lata de champignon (fatiar)
1 lata de molho de tomate pronto
sal a gosto
5 colheres de sopa de molho ingles (olhe no rótulo o que não tem suco de carne na composição)
1 cebola grande bem picada
1 colher de sopa de óleo vegetal (girassol, se não tiver, vai de soja mesmo)
1 caixa de creme de leite (tem opção vegana, acho mais fácil parar com alimentos de origem animal por etapas)
1/4 de copo de água

Modo de fazer
Refogar a cebola no óleo, acrescentar o molho de tomate, a água e um pouco de sal. Misturar e acrescentar o molho inglês, os champignons, dar mais uma mexida, a soja em cubinhos e quando começar a ferver e dar aquela encorpada, provar o sal, por último acrescentar o creme de leite e está pronto.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Palavras...

Esta semana refleti muito sobre o valor das palavras.
Das palavras sinceras que ferem, das mentirosas que envenenam, das falsas que nos iludem.
Das palavras necessárias num momento de dor ou desnecessárias quando somente um olhar é suficiente e pleno.
Do guardar para si quando a repetição pode causar conflito e do cuidando do pronunciar quando o calar é covarde e omisso.
Das palavras gentis que nos remetem a um sentimento de amor e paz...
Quantas vezes nos desabafamos com palavras e que depois nos arrependemos, mas já foi lançado e palavra uma vez pronunciada não tem retratação que dê jeito.
Do modo como são proferidos, como são ouvidas e interpretadas e como são reproduzidas... Como aquela brincadeira de criança que começa com uma frase e termina com outra com sentido completamente diferente ou sem sentido...
Das palavras que abençoam ou maldizem; como tem força!
Palavras... Que sejam honradas, pois muito não a tem, que sejam amorosas e justas, pois a humanidade está carente de amor e justiça.

Corvinha


domingo, 20 de março de 2011

Meu Caminhar na Bruxaria Tradicional

Meu caminhar na Bruxaria Tradicional


A Bruxaria Tradicional é um caminho de amor e aprendizado.
Amor às tradições, à natureza, à vida e a espiritualidade.
Aprendizado com toda uma história e tradição daqueles que vieram antes de mim, com seus deuses e ancestralidade.
Nesses anos a cada festival com um ensinamento/aprendizado diferente com nossos deuses, nossos irmãos de caminho e nosso Mestre.
Partindo disso é nossa mudança interior, nossa revisão de conceitos, mudança de paradigmas.
Em algum momento será tempo de ensinar, quando esse tempo chegar, será preciso aprender não só para si, porém com uma responsabilidade maior que será de passar toda essa riqueza para outros.
Raven

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Saudações

Quinta feira, 13 de Janeiro de 2011

Olá amigos! Tudo bem!

Criei o blog "Mensagens do corvo" para trocarmos conhecimentos sobre Bruxaria Tradicional.
Sejam bem vindos!

Crow! Crow! Crow!